Descobri ontem que, às 17:37, um litro de gásoleo custava tanto 1,42€ como pago pela refeição diária do meu filho numa escola pública.
Provavelmente hoje os valores já não serão os mesmos...aposto que o gásoleo aumentou.
A vida é feita de opções: comer ou andar de carro.
Ontem apenas
fomos a voz sufocada
dum povo a dizer não quero;
fomos os bobos-do-rei
mastigando desespero.
Ontem apenas
fomos o povo a chorar
na sarjeta dos que, à força,
ultrajaram e venderam
esta terra, hoje nossa.
Uma gaivota voava, voava,
assas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.
Uma papoila crescia, crescia,
grito vermelho
num campo cualquer.
Como ela somos livres,
somos livres de crescer.
Uma criança dizia, dizia
"quando for grande
não vou combater".
Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.
Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquista
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.
A ausência de posts neste espaço se deve ao facto de a Caracola continuar a recuperar da operação ao "menistro" e de eu andar fartinha de trabalhar e sem tempo para escrever qualquer coisa que não seja do foro profissional.
Espero que todos tenham tido uma óptima Páscoa, que antes da mesma se tenham confessado (já tendo em conta a nova lista de pecados emanada do Vaticano).
Prometo voltar em breve...voltem também!
PS: Agora vou enfiar-me num qualquer Centro Comercial a esbanjar dinheiro...afinal o Governo vai baixar o IVA e o défice ficou abaixo dos 3%...ahahahaha.
E se um reputado treinador de futebol, no desemprego desde Setembro, recebesse um telefonema do Centro de Emprego (onde certamente estará inscrito) para treinar um clube com nome de Bairro lisboeta, depois de um treinador espanhol bateu com a porta e, de certeza, "saliu a ganar"...
Acontecia isto (atenção, ler até ao fim)
(eu cá, conheço clubes onde empates com a União de Leiria e muitas derrotas com equipas do meio da tabela são sempre enfrentadas "com tranquilidade")
A cena passou-se na Loja do Cidadão, onde fui tratar de um assunto.
Na longa espera, sentei-me ao lado de uma mãe e duas crianças, que deviam andar na casa dos seis e quatro anos.
Cansados da espera, os dois meninosm, depois de quase destruírem a máquina multibanco, decidiram andar pelo chão a brincar, chegando mesmo a incomodar algumas pessoas.
Sentadinha na cadeira e cheia de estilo, a mamã lá ia dizendo, naquele tom irritante de "tiazoca":
- Os meninos não vêem que se estão a sujar. Estão a brincar onde as pessoas põem os pés!
Indiferentes aos avisos, os miúdos teimavam em continuar.
- Se continuam assim, não vão no carro da mamã!
Até aqui nada demais, a não ser o estilo.
O pior aconteceu depois, quando o miúdo mais pequeno (Afonso, de seu nome), viu que a mãe mascava uma pastilha e pediu uma.
- A mamã não tem mais, era a última!
- Então dá-me essa, disse o miúdo.
Espanto dos espantos: a "tiazoca" que ameaçou não levar as crianças no carro porque estavam sujas, tirou a pastilha da boca e deu-a à criança.
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