segunda-feira, 30 de abril de 2007

O Deus em cada um de Nós

Uma antiga lenda hindu diz-nos que outrora, todos os homens eram deuses.
Mas eles abusaram de tal forma da sua divindade que Brahma, o mestre dos deuses, decidiu tirar-lhes todos os poderes divinos e escondê-los num lugar onde fosse completamente impossível encontrá-los. O grande problema foi em encontrar o lugar apropriado.
Os deuses menores foram convocados para uma reunião a fim de se resolver o problema. Eles propuseram o seguinte: Enterrar a divindade do homem na terra. Mas Brahma respondeu: "Não, não é o suficiente, porque o homem desenterrá-la-ia e encontrá-la-ia."
Então os deuses responderam: "Neste caso, metamos a divindade no mais profundo dos oceanos."
Mas Brahma respondeu de novo: "Não, mais cedo ou mais tarde, o homem exploraria a profundeza dos oceanos e certamente que um dia, a encontraria e a traria à superfície."
Então os deuses menores concluíram: "Nós não sabemos onde a vamos esconder porque não existe na terra nem no mar um lugar seguro que o homem jamais encontrasse." Brahma disse: "Vejamos o que faremos à divindade do homem: vamos escondê-la no mais profundo dele próprio, é o único lugar onde ele nunca pensará procurar.

(Eric Butterworth, Discover the Power Within Yourself)

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Inquilinos Novos



Desde há 4 Primaveras a esta parte que na varanda da cozinha se instalou uma família de andorinhas. Fazem um chiqueiro que mete medo, uma barulheira infernal, mas eu não as consigo despejar. Já as considero da família. Sejam bem-vindas!

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Expressões que aliviam

A propósito de expressões daquelas que muitas vezes aliviam a alma, aqui fica uma história, com duas personagens fictícias:

A cidade estava apinhada de gente, pouco passava das 19:30 quando Maria saiu do escritório, tinha tido um “dia de cão”.
Ao martírio que passou para chegar, de manhã, ao centro da cidade, juntou-se a saga de procurar um lugar para estacionar.
Finalmente um “buraquinho” para enfiar o carro, mas, de repente, eis que um Chico Espero se atravessou e “papou” o lugar.
- Ouve lá pá, o lugar era meu! Tu merecias era levar “com um gato morto no focinho até ele miar!”
Quando o viu sair do carro, Maria percebeu pelo aspecto e pela indumentária que o senhor devia gostar do mesmo que ela, ou seja de homens.
- Hum, “deves pegar de empurrão, meu grande larilas”.
- Vai prós bombeiros voluntários… tens mesmo ar de ambulância! – gritou.
Mais uma volta ao quarteirão e nada de lugar pró carro.
De soslaio olhou para a entrada de um centro comercial e pensou que o que lhe apetecia era ir “pastar a vaca” (tradução rasca da expressão italiana “dolce fare niente”), mas a verdade é que tinha mesmo de ir trabalhar.
- Oppps, está um carro a sair dali – disse baixinho, acelerando de seguida para o “buraco” onde conseguiu enfiar o bólide.
Já a caminho do escritório, percebeu que o telelé tocava dentro da mala. Olhou e viu o número do Manel, o marido, como tinham ficado de “candeias às avessas” logo pela manhã, decidiu não atender.
- Espera lá que já cagas, que o balde está cheio! – pensou.
Um sacana daqueles ainda tinha lata para estar a ligar, depois da enorme discussão que tiveram de manhã, é o real Totó.
Ao olhar para a sua mesa de trabalho comprovou o que já suspeitava: o dia ia ser difícil. Pilhas de papel, onde se amontoavam vários assuntos pendentes e urgentes.
- Bolas, já percebi que isto hoje vai ser mesmo complicado. Só espero que o meu chefe não se lembre de me pedir mais nada hoje, mas chato como é ainda me vai arranjar mais algum “alfinete de peito” para fazer. Se isso acontecer pode ter a certeza que lhe “caga o cão no caminho”.
Enquanto pensava isto, ouviu o característico bater da porta que indicava a chegada do chefe.
- Bom dia – disse ele.
- Bom dia – respondeu Maria, enquanto desligava à pressa a chamada telefónica que tinha feito para uma amiga, que ficou literalmente “pendurada”.
O senhor continuou a falar, mas na cabeça de Maria ecoava apenas a expressão: oh meu grande parvalhão 'desempara-me' a loja, saxavor!
- Olhe, não se esqueceu daqueles papéis que lhe tinha pedido, são urgentes. – disse o “caramelo” em tom de mandão.
- Não, não, esteja descansado! – respondeu Maria, pensando para os seus botões: “eu devia era mandar-te cagar à mata”.
Assim que o bicho rumou ao gabinete, Maria olhou em volta, viu que não havia ninguém na sala e soltou um:
- Que puta de vida a minha!. – aquela expressão que tem o dom de aliviar o espírito, quando pronunciada com alma e depois de a língua tocar no palato.
Antes de pensar nos papéis que lhe tinham sido pedidos, voltou a ligar para a amiga, com quem tinha deixado a meio uma conversa importantíssima.
- Desculpa lá mas há bocado tive de desligar, chegou aqui o palhaço do chefe.
Decorria a conversa com normalidade, quando os passos do senhor se ouviram no corredor.
- Pois, pois, está a chover em Bagdad. – disse Maria, despachando a amiga, que sabia há muito que uma observação sobre o tempo na capital iraquiana significava, “vou ter de desligar já”!
No final de um dia de trabalho extenuante, Maria olhou pela janela e viu o pôr-do-sol, atrevendo-se a pensar “está uma bela tarde para o Amor”. Só depois se lembrou que estava zangada com o Manel e que nem sequer lhe tinha atendido o telemóvel… decidiu então ir às compras e quem sabe ao cinema.
Ao sair do escritório, viu-se ao espelho nos vidros do prédio e pensou:
- Sou mesma gira e inteligente…se fosse gajo casava comigo!

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Dona da Bola


Chama-se Jacqui Oatley, é jornalista e esteve em destaque no passado fim-de-semana em Inglaterra. Tudo porque a BBC a escolheu para comentar o jogo de futebol entre o Fulham e o Blackburn.
A escolha feminina motivou, obviamente, comentários sexistas... mas a Jacqui (que parece ser uma Gaja a sério) "cagou" nas bocas foleiras e saiu-se tão bem que a estação já pondera voltar a convidá-la! (Ora tomem seus machistas!)
Parabéns à senhora, a primeira voz feminina a comentar um jogo de futebol na conceituada BBC!

terça-feira, 24 de abril de 2007

Guarda um cravo pra mim



"Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo pra mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também que é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim"
(Tanto Mar, Chico Buarque)

sexta-feira, 20 de abril de 2007



Os Homens são como o vinho: todos começam como uvas.
Cabe às mulheres amassá-los, pisá-los e enclausura-los até que amadureçam!




20 de Abril, último dia do Zodíaco para o signo Carneiro.
Fazem ou fizeram anos neste dia pessoas que marcaram a História tanto pela positiva como pela negativa e nos mais diversos quadrantes. São elas Jessica Lange, Joan Miró, Ryan O’Neal, Carmen Electra e Adolfo Hitler.
Para mim a pessoa mais importante que celebra o seu aniversário neste dia chama-se Vera e é a minha mana. E a segunda mais importante é a Célia, uma amiga. Por isso, parabéns às duas, suas trintonas lindas!

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Today I feel....

Butterflies on my belly!!!

Um pequeno passo para o Homem... mas grande para a Mulher


Existem dois tipos de homem na vida de uma mulher: os Neil Armstrong e os Buzz Aldrin.
Li esta frase há dias e achei-lhe piada.
Aposto que todos sabem que é Neil Armstrong – o primeiro homem a pisar a Lua -, Buzz Aldrin foi só o segundo, o que faz dele um ilustre desconhecido, para a maioria da população mundial!
Não quero com isto dizer que o primeiro homem da vida de cada mulher seja o mais importante, mas continuando nas metáforas “Neil Armstrong há só um… os outros são só Buzz Aldrin”!
A este propósito, lembrei-me de um mail engraçado que recebi há muito tempo, e que só prova que: Gaja que é gaja deve ter muito cuidado com o que diz… não vá a “Lua tecê-las…”

“A 20 de Julho de 1969, na qualidade de comandante do Modulo Lunar Apollo 11,Neil Armstrong foi o primeiro homem a andar na Lua. As suas primeiras palavras depois de caminhar sobre o satélite "That's one small step for a man, one giant leap for mankind", foram transmitidas por televisão para a Terra e ouvidas por milhões de pessoas.
Mas imediatamente antes de reentrar no Módulo, proferiu a enigmática observação, "Boa sorte Mr. Gorsky".
Muitos na NASA pensaram que se tratava de uma piada de circunstância visando um qualquer cosmonauta soviético rival.
No entanto, e depois de se ter investigado, não havia nenhum Gorsky tanto no programa espacial Soviético como no Americano.
Ao longo dos anos, muita gente questionou Armstrong a respeito do seu "Boa sorte Mr. Gorsky" ao que ele apenas sorria.
Em 5 de Julho de 1995, em Tampa Bay, Florida, enquanto respondia a perguntas depois de uma conferencia, um jornalista trouxe de novo a questão velha de 26 anos.
Mas desta vez, finalmente, Neil Armstrong respondeu. Mr. Gorsky já tinha morrido e achou que já podia revelar o mistério.
Em 1938 quando era um miudo e vivia numa pequena cidade de Midwest, estava a jogar baseball com um amigo nas traseiras da casa.
O amigo bateu uma bola que voou e aterrou no jardim do lado junto à janela do quarto. Os vizinhos eram o casal Gorsky.
Quando se aproximou da janela para apanhar a bola, o jovem Armstrong ouviu Mrs. Gorsky gritar para Mr. Gorsky:
Sexo! Tu queres sexo?! Pois só vais ter sexo quando o puto aqui do lado andar na Lua!"

(Dizem que a história é verdadeira)

domingo, 15 de abril de 2007

Nova colecção Primavera/Verão

Porque está sol e porque a Primavera qualquer dia vai dar lugar ao Verão, eis que as Gajas decidiram mudar o visual do seu querido Blog.
Esperemos que gostem, e que não se inibam de comentar!
PS: Aceitamos sugestões!

sexta-feira, 13 de abril de 2007

A Gravidade é Lixada!




Ontem a expressão "cirurgia plástica" deixou de me parecer tão absurda.

Contextualizando: a Green Eyes, nas suas arrumações, desenterrou umas fotografias nossas e mostrou-mas, localizei-as no tempo e no espaço e, de repente, apercebo-me que já passaram 14 anos desde que aqueles retratos foram tirados.

Olhei para o espelho e, de facto, existem uma série de linhas (ainda que ténues) nos nossos rostos que não existiam. Claro que as "piquenas" rugas, apenas indicam sabedoria, experiência e "muita pinta", mas já cá cantam. A partir de agora, e porque os 30 já lá vão há alguns anos para ambas, a maldita gravidade vai começar a exercer a sua influência.

...Os "até já" da vida

Hoje estou orgulhosa!
Consegui “puxar” a Caracola para a minha operadora de telemóvel… assim fica mais barato falar com ela, pois mesmo com parte da conta de telemóvel paga pela minha “tasca”, os últimos extractos têm sido pouco simpáticos.
Prometi-lhe que ainda a ia fazer rir com o post de hoje e fi-lo porque me lembrei que este era o segundo “T” que punha na vida dela… o primeiro foi há muito anos e assumiu uma importância bem maior que qualquer aparelho de comunicação.
(Eu sei que talvez não seja “T” porque na realidade começa por “A”, mas para mim será sempre “T” ou, até mais, “S”).
Apetece-me dizer que a Caracola foi uma invejosa, eu tinha um “T” ela também tinha que ter!
Sei que ela responderá a isto dizendo:
- Invejosa és tu… eu “D” do “T”… e tu decidiste, anos depois, imitar-me!
Apesar de isto parecer uma conversa de doidos aposto que há leitores que a vão perceber (e a esses agradeço que comentem, se lhes aprover e não forem envergonhados.)
Quem sabe se a Caracola ainda vai ter um “TT”, ou seja comunicar com o “T” com o novo “T” da vida dela????
…Eu já tenho um “T” há muito tempo e de vez em quando comunico com o outro “T”.
Questão fulcral: Será que quem tem um “T” vive sempre com um “Até já” (como diz o slogan da operadora???????)

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Amy Winehouse


Esta "Gaja" até mandou sainete nos Brits Awards, tá a vender discos que nem uma maluca, e está prestes a começar uma tournée pelos "States". Com um ar aciganado, assim a puxar para o mestiço, tem uma voz fabulosa. O que mais se ouve é o tema "Rehab", mas o resto é igualmente bom. Gosto sim senhora!

...o caminho faz-se entre o alvo e a seta


Aquele era o tempo em que as mãos se fechavam
E nas noites brilhantes as palavras voavam
E eu via que o céu me nascia dos dedos
E a Ursa Maior eram ferros acessos
Marinheiros perdidos em portos distantes
Em bares escondidos em sonhos gigantes
E a cidade vazia da cor do asfalto
E alguém me pedia que cantasse mais alto
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada
Quem me diz onde é a estrada
Aquele era o tempo em que as sombras se abriam
Em que homens negavam o que outros erguiam
Eu bebia da vida em goles pequenos
Tropeçava no riso abraçava venenos
De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala nem a falha no muro
E alguém me gritava com voz de profeta
Que o caminho se faz entre o alvo e a seta
De que serve ter o mapa se o fim está traçado
De que serve até à vista se o barco está parado
De que serve ter a chave se a porta está aberta
De que servem as palavras se a casa está deserta
É a letra da nova música de Pedro Abrunhosa (Quem me leva os meus fantasmas), a voz até pode deixar muito a desejar, mas as letras são, invariavelmente bonitas!!!

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Quais anónimos, quais carapuça!

Como boas Capricornianas que somos, a curiosidade ocupa grande parte na nossa maneira de ser e de estar. Assim, queríamos aqui pedir a todos aqueles que comentam este blog para não o fazerem de forma anónima. Por favor, assinem os vossos comentários para que possamos continuar com as nossas vidas, sem estar sempre a pensar no mesmo.
Obrigada.

Entradote? Sim, e depois?


Ontem foi dia de Liga dos Campeões e, mais uma vez, o nosso Cristiano Ronaldo deu nas vistas… por ser um jogador fantástico.
Em Espanha, no Mestalla, outro senhor deu nas vistas por ser um bom jogador, e também por ser muito bem “apessoado”: Fernando Morientes.
Eu sei que ele é “entradote”, mas continua a ser muito giro, e ainda por cima marcou o golo que deve ter deixado o Mourinho em “broa” e a pensar que a Champions “já era”.
O golo do Morientes não chegou e o Chelsea acabou por ganhar… mas isso agora pouco importa!
Quando ao “nosso” Cristiano, o melhor mesmo é falar só do plano desportivo: o “puto” (produto das escolas do Sporting) marcou dois golos e a assistência para outro na histórica goleada (7-1) do Manchester United frente à Roma.
Parabéns aos vencedores…admiração aos vencidos, afinal às vezes não se pode ter tudo!

terça-feira, 10 de abril de 2007

Olaré pipu


Foi há 30 anos que começaram a ser exibidos os primeiros episódios da saudosa Heidi, essa maluca que saltava nos Alpes suíços ao lado do Pedro e das cabrinhas do avô… eu faço parte da geração Heidi e aposto que muitos se revêem nas seguintes características, porque Gaja que é gaja viu a Heidi, olaré pipu:

1. Têm hoje 30 anos, ou à volta disso. Chamavam-se Anas Tudo
(especialmente Cristina, Paula, Filipa, Rita ou Sofia). As outras eram Carla, Sandra ou Sónia. Os rapazes eram João Tudo (especialmente Pedro, Nuno ou Paulo)
ou Luis Miguel.
2. Muitas mães eram domésticas, e levantavam-se mais cedo para
enfiarem almôndegas à força nos termos da escola. As que não eram, andavam muito ocupadas nas manifestações e davam dinheiro para comer na cantina.
Principal preocupação dos pais: que os filhos dessem em doutores.
3. Papa de qualquer coisa, se possível com leite gordo e muito açúcar,
ou então café com leite. Lanche: uma carcaça mole ensopada em doce de
morango.
Comida da cantina: carne assada com massa, frango com massa, bife com
massa e jardineira.
4. Levava-se para a escola: uma mochila verde tipo tropa com fechos de
cabedal que encaracolavam no segundo dia e com inscrições dos grupos
favoritos: Duran Duran, Spandau Ballet... Havia uma régua espetada nos
dias das aulas de desenho. Pesavam toneladas.
5. Não se conseguia encontrar os livros escolares. Estavam sempre
esgotados porque eram os mesmos para toda a gente. Havia quem os forrasse para passarem para o irmão mais novo no ano seguinte. Na papelaria da esquina comprava-se uma embalagem de marcadores, 1 afia, 1 borracha, 1 caneta, 1 esquadro, e era suposto que dessem para o ano todo.
6. Na ginástica, usava-se sapatilhas brancas e fatos de treino
azuis-escuros, encarnados ou verdes com uma risca branca e uns fechos
muito desconfortáveis que faziam uma marreca à frente.
7. Nas aulas: faziam-se cadernos de autógrafos a dizer: 'Nas ondas do
teu cabelo, ensinaste-me a nadar / Agora que estás careca, ensina-me a
patinar.'
Passavam-se papelinhos. Nas férias: iam para casa dos avós ou eram
deixados à balda.
8. Vestia-se: o que viesse à mão. Blusas verde-eléctrico com golas de
bico, calças de bombazina com joalheiras. As meninas podiam ter aplicações de malmequeres de pano, vestiam saias de pregas sem nenhuma forma e sapatos rasos com lacinhos. Ambos: pullovers às riscas, camisolas tricotadas pelas mães dois números acima, kispos (que deviam durar quatro anos, no mínimo), galochas amarelas e botas caneleiras. Não havia Zara. Era normal ser-se muito feio com 10 anos.
9. Trocavam-se cromos das maravilhas da Natureza, da Kate Greenaway ou
das cadernetas de futebol.
10. Em casa brincava-se: às bonecas, aos carrinhos e com bonecos dos
estrumpfes. Jogava-se ao Jogo da Glória e ao Monopólio. Batia-se nos
irmãos.
Com os amigos, andava-se de skate, jogava-se ao elástico, ao bate-pé e
quarto-escuro. Alguns ficavam na rua a tarde toda a jogar à bola e a
andar de bicicleta.
11. Lia-se: 'A Condessa de Ségur', os Cinco, as Gémeas no Colégio de
Santa Clara e a Patrícia. A Mónica, a Mafaldinha e o Astérix. Os rapazes liam
o Michel Vaillant.
12. Na televisão via-se a Abelha Maia, a Água Viva e o Espaço 1999 (em
reposição contínua), o Vasco Granja com desenhos animados checoslovacos
que ensinavam a atravessar a rua, a Pantera Cor-de-Rosa e o professor
Baltazar.
Aos domingos, o Júlio Isidro, o Sítio do Picapau Amarelo, Dallas, o
Homem da Atlântida, os Marretas e os Anjos de Charlie.
13. No cinema: 7 Noivas para 7 Irmãos, a Sissi, ET, a Música no
Coração pela 2934848 vez e Os Malucos em várias fases da sua existência.
14. Ídolos: o Chalana, os Queen, Duran Duran, Bruce Springsteen, Brian
Adams, Sheena Easton, Bob Geldof.
15. O que se vai recordar: esfregar a sola dos sapatos novos no
passeio. A bola da comida de termo no prato. Verdade ou consequência. Os Porcos no Espaço. A tiara de lata da Supermulher, as barbatanas entre os dedos do Patrick Duffy. Os pacotes de rebuçados.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

"Tou noente!"



A minha irmã ofereceu-me um presente lindo em Setembro de 2003. Chama-se Henrique (“Ika”), tem 3 anos e é tudo o que eu quis que ele fosse.
Ontem à noite, depois de um fim de semana no Algarve com amigos e família, estava no tradicional jantar familiar de Domingo de Páscoa, onde o Ika contava, na sua linguagem “tatebitate”, ao Avô Vupi e à Avó Melan o que tinha feito. Ás páginas tantas o meu pequerrucho disse ao Avô que tinha comido um “Fellelo Roché”, o Avô perguntou se ele lhe tinha trazido um. A resposta foi uns olhinhos muito abertos de aflição e um “Não” envergonhado.
Acabado o jantar e como ainda não lhe tinha dado “as amêndoas” agarrei numa nota de 5 euros, chamei o Ika e disse-lhe:
- Ika, tens aqui este dinheiro para amanhã pedires ao Avô para te levar ao carroussel!
- Obigada Titá, mas eu não quelo í ó calloussel, eu quelo compal um Fellelo Roché ó Vô Vupi!
(Escusado será dizer que as lágrimas vieram aos olhos de toda a família!)

Até Julho!


Há o Algarve dos ricos e dos pobres. Este é o Algarve dos priviligiados (e eu sou uma delas!)

Um olá e uma adenda

Na minha ausência este espaço ficou entregue, e bem, aos cuidados da Caracola.
A miúda trabalhou bem. Entre “posts” sobre o seu estado de espírito e marteladas nas gavetas, deu importância a assuntos relevantes, fez-nos saber que alguém se vai divorciar (onde é que eu já ouvi isto), questionou sobre up-grades… e manteve este blog como um espaço heterogéneo e sempre com nível.
A miúda até falou do sucesso do râguebi português… o que ela se esqueceu, e é por isso que escrevo, foi de mostrar o senhor seleccionador nacional dos “Lobos”, Tomaz Morais de seu nome.
Gaja que é gaja aprecia o desporto e os intervenientes, quando valem a pena, como é o caso.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Ah Ganda Bétinha!




Uma "Gaja" que é um exemplo para as outras "Gajas"! Continua Bétinha!

terça-feira, 3 de abril de 2007

Ovinhos da Páscoa


Estamos quase na Páscoa, altura de oferecer ovos e amêndoas. Eu prefiro os ovos porque são de chocolate. E muito gostaria que me oferecessem um destes! Quem os fez foi o Sr. Fabergé. E muito bem feitos diga-se de passagem!