A uma inundação do fim...
Minha querida máquina de lavar roupa,
Venho por este meio manifestar-te a minha tristeza pelo tua mais recente atitude na relação de amizade e dependência que mantemos há mais de 11 anos.
Quando te adquiri eras considerada “topo de gama” e apesar de já não me lembrar do preço sei que não foste nada barata.
A nossa relação de amizade sempre se pautou pelo respeito, admiração e reciprocidade: eu dava-te a roupa e as condições essenciais para o teu trabalho (àgua, detergente, amaciador e electricidade) e tu cumprias as tuas obrigações de me “devolver” a mesma “imaculada” e cheirosa.
Recordo-me agora que estiveste sempre ao meu lado nas três mudanças de casa e foste, em todas elas, transportada com todos os cuidados.
A única “falha” que assumo nesta “relação” será a de nem sempre te ter dado o anticalcário, mas deixa-me dizer-te que não parece que seja justificação para o teu comportamento.
Por outro lado, e como gosto de ver o lado positivo das coisas, quero agradecer-te o facto de ontem teres lavado, sem que eu te tenha solicitado, os tapetes da cozinha e da sala de almoço.
Foi de facto o único ponto positivo do teu comportamento de ontem à noite, quando te “engasgaste” e com começaste a “cuspir” água que nem uma louca, inundando toda a cozinha e sala.
Que futuro terá uma amizade em que uma das partes é obrigada a andar de pijama arregaçado e chinelos de praia a varrer água para a rua?
Eu confesso-te que estou muito desapontada contigo e, apesar de não me considerar uma pessoa rancorosa, temo pelo futuro desta relação, que está, previno-te, a uma inundação do fim
No entanto, e como acredito nas “pessoas”, vou dar-te mais uma oportunidade, mas previno-te desde já que é a última.
E deixa-me dizer-te que conheço muitos depósitos de ferro velho onde podes passar o resto dos teus dias, à chuva e ao sol, sem os carinhos que tens lá em casa.
A, ainda, tua amiga,
Green Eyes.
Venho por este meio manifestar-te a minha tristeza pelo tua mais recente atitude na relação de amizade e dependência que mantemos há mais de 11 anos.
Quando te adquiri eras considerada “topo de gama” e apesar de já não me lembrar do preço sei que não foste nada barata.
A nossa relação de amizade sempre se pautou pelo respeito, admiração e reciprocidade: eu dava-te a roupa e as condições essenciais para o teu trabalho (àgua, detergente, amaciador e electricidade) e tu cumprias as tuas obrigações de me “devolver” a mesma “imaculada” e cheirosa.
Recordo-me agora que estiveste sempre ao meu lado nas três mudanças de casa e foste, em todas elas, transportada com todos os cuidados.
A única “falha” que assumo nesta “relação” será a de nem sempre te ter dado o anticalcário, mas deixa-me dizer-te que não parece que seja justificação para o teu comportamento.
Por outro lado, e como gosto de ver o lado positivo das coisas, quero agradecer-te o facto de ontem teres lavado, sem que eu te tenha solicitado, os tapetes da cozinha e da sala de almoço.
Foi de facto o único ponto positivo do teu comportamento de ontem à noite, quando te “engasgaste” e com começaste a “cuspir” água que nem uma louca, inundando toda a cozinha e sala.
Que futuro terá uma amizade em que uma das partes é obrigada a andar de pijama arregaçado e chinelos de praia a varrer água para a rua?
Eu confesso-te que estou muito desapontada contigo e, apesar de não me considerar uma pessoa rancorosa, temo pelo futuro desta relação, que está, previno-te, a uma inundação do fim
No entanto, e como acredito nas “pessoas”, vou dar-te mais uma oportunidade, mas previno-te desde já que é a última.
E deixa-me dizer-te que conheço muitos depósitos de ferro velho onde podes passar o resto dos teus dias, à chuva e ao sol, sem os carinhos que tens lá em casa.
A, ainda, tua amiga,
Green Eyes.
5 comentários:
Está genial!!!!
Que lamechice de m#$d».
O senhor anónimo só diz isto porque não deve ser uma pessoa habituada às lides caseiras...e acha que as coisas aparecem feitas e a roupa lavada e engomada por obra e graça do "espírito santo"!!!
Não fosse a D. Fátima e andavas com as camisitas engomadas, mas era o caraças!
Este post 'tá windo!
Mas, no teu lugar, não prometia nada até ter nas mãos um orçamento... depois logo se vê se ela merece ou não uma segunda oportunidade.
Com a crise de emprego que anda aí, não falta mão-de-obra barata no mercado.
Enviar um comentário